Olá,
Trabalhar em uma startup, criar conteúdo, estudar, cuidar da casa e desacelerar parece impossível de vez em quando. E, quando estamos em ambientes de constante mudança, é realmente difícil ser apenas só mais um.
Só que nem muita gente lembra que querer fazer tudo cansa e eu me incluo nesse grupo. Pensar fora da caixa, buscar soluções fora do óbvio, aprender e manter a organização exige muito esforço. O nosso cérebro naturalmente economiza energia quando estamos pensando e é necessário um esforço consciente para abrir novos caminhos e, literalmente, pensar de forma diferente.
E é por isso que hoje quero trazer um assunto que venho estudando e preciso expandir no meu repertório.
Abraço,
Ingrid Machado
Nesta edição
🗒️ Organização pessoal: Autoconhecimento em tempos de mudanças constantes
👥 Sobre gestão: Plano de desenvolvimento individual
📘 Livro do mês: Empatia assertiva
📚 Lista de leitura
💻 Últimos posts do blog
Organização pessoal: Autoconhecimento em tempos de mudanças constantes
Seção para reforçar o meu compromisso de manter a minha própria organização.
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Na edição 23, eu falei sobre inteligência emocional. Apesar de ser um tópico que tenho estudado e conseguido alguns avanços, ainda tenho dificuldades no que fazer após a identificação dos meus sentimentos. Principalmente quando se trata de identificar se algo me incomoda profundamente ou o quanto ainda consigo suportar de alguma situação que parece ser um incômodo leve.
Pensando nisso, tenho procurado algumas ferramentas e exercícios para conseguir organizar as diversas áreas da minha vida. Também tenho estudado sobre as novas condições que vivemos e como podemos superar cada uma delas. Isso tudo junto da terapia, até porque não vou achar tudo o que pode me ajudar somente nos livros e artigos na internet.
Eu pretendo seguir estudando e reunir alguns desses achados em uma série de posts. Caso você tenha alguma sugestão, seja de ferramenta, livro ou curso relacionado com esse tema, fique à vontade para responder esse email, comentar o post no Substack ou preencher esse formulário. Como sempre, a intenção é compartilhar o que funciona para mim e que pode ajudar outras pessoas também.
Sobre gestão: Plano de desenvolvimento individual
Uma seção para compartilhar as minhas descobertas a respeito da gestão de pessoas. As referências usadas na seção estão aqui.
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Plano de Desenvolvimento Individual
Como gestor, temos uma lista de tarefas bem ampla no que tange o acompanhamento do time e nela temos o desenvolvimento das pessoas. Uma das formas de apoiar nesse desenvolvimento, é a construção e o acompanhamento do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).
A primeira coisa que precisa ficar clara a respeito do PDI é que ele pertence ao seu liderado. Ou seja, você como gestor pode apoiar e direcionar, mas o interesse em ter um plano e a definição dos objetivos é totalmente individual. Lembre-se, a sua obrigação é estar disponível e não forçar o time a fazer atividades que extrapolem o escopo do trabalho. Na verdade, essa dica serve para qualquer coisa que eu escreva aqui.
Voltando ao PDI, ele pode ter diversos formatos, mas o principal é incluir no plano um objetivo, com as etapas e o prazo para cumpri-lo.
Objetivo
O PDI pode ser construído pensando em um ponto de melhoria apontado em algum feedback passado ou até mesmo em alguma habilidade que o próprio liderado identifica como algo necessário a se trabalhar.
O importante é que o objetivo aponte para o estado desejado na evolução da pessoa: uma habilidade ou conhecimento a ser adquirido ou até mesmo um cargo a ser alcançado.
Pensando no exemplo de um cargo, o plano pode incluir trabalhar os pontos necessários para que a pessoa seja considerada apta para a movimentação. Porém, mesmo que o plano tenha sucesso não é possível garantir que o cargo será oficializado. Apenas que, quando a oportunidade aparecer, se estará pronto para concorrer à vaga.
Etapas
Para se atingir o objetivo estipulado, precisamos quebrá-lo em algumas etapas. Aqui é a parte onde o liderado pode precisar de mais apoio, pois nem sempre terá visão do que é necessário fazer para atingir o estado desejado. Caso você não seja a pessoa certa para apoiar, pode indicar pessoas que vão conseguir ajudar nessa evolução.
Eu recomendo usar o modelo 70/20/10 para a definição dessas etapas. Misturar o estudo com a prática é comprovadamente efetivo no aprendizado e ter todas as ações descritas também vai ajudar a entender se o objetivo é factível no prazo a ser estipulado.
Prazo
Quando estamos desenhando um PDI, podemos pensar em objetivos de diversos escopos. E escopos maiores exigem prazos maiores. Por exemplo, o tempo necessário para evoluir uma habilidade que já se está familiarizado é bem menor do que o tempo necessário para se fazer uma transição de carreira. Esse prazo deve ser factível e condizente com os passos previstos para a conclusão do plano. O que não significa que o plano será cumprido com certeza no final, aqui estamos somente estimando.
Se onde você trabalha existe um ciclo de avaliação de desempenho com duração fixa e o objetivo está diretamente relacionado ao papel desempenhado atualmente, o próximo ciclo pode ser o prazo do plano. Caso o objetivo esteja relacionado com um novo papel, provavelmente o prazo será mais longo.
Em caso de prazos muito longos também é interessante avaliar se o objetivo não é muito grande. Nesses casos, recomendo que se pense em objetivos intermediários, para que se tenham vitórias de forma recorrente. A evolução não está apenas em um grandioso objetivo final, mas sim no que vamos aprendendo pelo caminho.
Acompanhamento
Outro ponto importante é a sugestão de fazer o acompanhamento frequente do PDI com o liderado. Mesmo que você não esteja envolvido diretamente nas etapas definidas, acompanhar se o plano está evoluindo pode ser de grande ajuda.
Ter agendas frequentes para falar sobre o PDI motiva o liderado a fazer as ações, ou pelo menos pensar sobre elas antes do próximo encontro. E de nada adianta montar um plano, se ele não vai ser frequentemente revisado. O que for definido na primeira reunião não precisa ser escrito em pedra e o objetivo pode evoluir junto do cenário em que a pessoa se encontra.
Livro do mês: Empatia assertiva
Todo mês, uma indicação de livro para o desenvolvimento pessoal e profissional.
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Ficha técnica
Título: Empatia assertiva: Como ser um líder incisivo sem perder a humanidade
Autora: Kim Scott
Editora: Alta Books
Porque é uma boa leitura
Este livro tem que ser lido levando em consideração as diferenças culturais que existem entre o Brasil e os outros países em relação ao ambiente de trabalho. Mas, mesmo assim, a teoria da empatia assertiva aponta dois pontos importantes para uma gestão de pessoas eficiente: importar-se pessoalmente e desafiar diretamente.
O nível em que você atua como líder em cada um desses pontos define o tipo de relacionamento que você está construindo com o time. E um dos pontos positivos do livro é mostrar as vantagens e desvantagens de cada um deles.
Na minha opinião, esse é um ótimo livro para ajudar a construir a sua forma de atuação para formar times de alta performance, com pessoas em constante evolução. As dicas para conversas difíceis e entender que nem sempre todas as pessoas gostariam de ser tratadas como nós gostaríamos foi o grande diferencial para mim.
Lista de leitura
Registro de todos os livros que li desde o último envio da newsletter. A lista completa de livros que prometi ler esse ano pode ser vista no post Lista de leitura 2022.
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Mais um livro que apoiei através do Catarse no ano passado. Essa é uma daquelas histórias boas de ler, com um ritmo tranquilo, mesmo nos momentos mais tristes. Fiquei muito feliz de conhecer esse clássico e agora estou com vontade de ler mais livros nesse mesmo clima.
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Empatia assertiva: Como ser um líder incisivo sem perder a humanidade - Kim Scott
O livro do mês foi lido junto com o clube do livro do meu trabalho. Acabei demorando um pouco mais para terminar porque essa nova versão tem um posfácio bem completo sobre dúvidas que foram enviadas depois da publicação da primeira edição. Para quem já trabalha como gestor, é um bom material para entender como você se posiciona junto ao time e como evoluir essa atuação.
Últimos posts do blog
Seção onde envio as atualizações do blog, sempre no estilo slow blogging.
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Apesar de ser a última edição apenas com posts sobre o Coda, não serão os últimos posts do blog sobre o assunto. Vou participar do bootcamp oficial do Coda, que começa na semana que vem. Por isso, acredito que vou conseguir gerar alguns projetos bem legais para compartilhar.
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Ferramentas
Com as fórmulas, é possível colocar os documentos em um outro nível. A manipulação de dados para gerar novas tabelas e visões ou simplesmente exibir informações no documento fica muito mais fácil. Esse não é um post com todas as fórmulas existentes, mas sim com a base de como elas podem ser utilizadas.
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Para deixar os documentos com uma aparência de aplicativo, podemos usar as fórmulas com ações dentro de botões. Eles podem ser incluídos dentro das tabelas ou em qualquer ponto do documento, deixando-os ainda mais dinâmicos.
Essa semana está acontecendo a promoção de 10 anos do Kindle na Amazon. Enquanto eles não liberam uma promoção para o Novo Kindle Paperwhite, comprei alguns livros e compartilhei alguns achados de não ficção no Twitter:
Como eu envio o newsletter a cada 15 dias, eu compartilho no Twitter tudo o que tem um prazo mais curto para aproveitar. Já fica a dica para seguir.
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Por hoje é isso, boa quinzena!
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Imagem do preview de Haseeb Jamil, via Unsplash