Olá,
Mais uma edição onde luto para encontrar um título decente. Mas como as seções “Organizações pessoal“ e “Sobre gestão“ estão focadas no meu dia a dia no trabalho, o título “Sobre trabalho” me pareceu aceitável.
Sim, o parágrafo anterior foi escrito para me convencer de que o título não está um lixo.
Mas o que interessa é que essa é mais uma edição feita com muito carinho e que espero que tenha valor suficiente para você.
Abraço,
Ingrid Machado
Nesta edição
🗒️ Organização pessoal: Horário de trabalho
👥 Sobre gestão: Fazer as perguntas certas
💻 Últimos posts do blog
Organização pessoal: Horário de trabalho
Seção para reforçar o meu compromisso de manter a minha própria organização.
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Nessa seção, eu tenho falado mais sobre desafios pessoais do que sobre organização pessoal. Mas a proposta era meio que essa mesmo. Eu quero manter essa seção viva para reforçar o meu compromisso público de me manter organizada o ano inteiro.
Quem me conhece (e já trabalhou comigo) sabe que eu tenho uma certa dificuldade para separar um horário na minha agenda que não seja o horário de trabalho. Gosto de trabalhar e me dedicar, mas as vezes esqueço de dosar o quanto é saudável para manter essa rotina indefinidamente.
Desde que troquei de emprego no ano passado, tento mudar essa minha filosofia e até tem dado certo. Confesso que início foi muito estranho desligar o computador às 18h, mas agora que me acostumei acho que não consigo voltar para como era antes.
Muito do que compartilho aqui só está sendo possível porque estou respeitando essa divisão entre horário de trabalho e horário pessoal de forma diferente. Trabalhando em casa é muito fácil pensar que não seria tão cansativo virar noites trabalhando ou deixar de fazer o horário de almoço. Mas eu acho que no fundo seria até pior.
Antes, eu me sentia até um pouco improdutiva por não esticar o horário. Agora, eu sinto que sou bem mais organizada com o meu trabalho quando termino o dia no horário correto. E venho me organizando cada vez mais para manter essa sensação.
O trabalho passou a ser um pedaço do meu dia e não a única coisa para a qual me dedico durante a semana útil. E isso tem me feito muito bem. Caso você ainda não consiga viver assim, recomendo que liste tudo o que precisa ser feito no trabalho. Separe o que você não pode terminar o dia sem fazer e comece por elas. Depois é só aguardar pelo dia em que vai conseguir encerrar no horário, com a sensação de que não está devendo nada e poder sair do computador para descansar de verdade.
Pequeno adendo: no mês passado, dei uma perdida no foco dos horários, mas esse mês pretendo aceitar que algumas coisas ficarão para depois e recuperar os meus horários pessoais.
Sobre uso do planner no mês de fevereiro: no início do mês defini dois objetivos, algo que não tinha feito em janeiro e que me fez sentir falta de algo para mensurar o sucesso do planner. Consegui atingir os dois: finalizar o curso da Conquer e o curso da Udacity. Por mais que não tenha passado para a segunda fase da bolsa da Udacity, saber que concluí o necessário para ser considerado uma finalista me fez receber essa notícia de forma diferente.
Foi o período que mais fiz Pomodoros, mas também que mais adiei tarefas. Por estar com o time incompleto no trabalho, andei fazendo algumas horas extras e decidi sacrificar a caminhada em alguns dias. A intenção é manter a retomada que já fiz no início de março.
De forma geral, o planner segue sendo muito útil para o planejamento e acompanhamento das semanas. No meu caso, o principal benefício continua sendo conseguir ver onde errei, para poder pensar sobre como não repetir o erro.
Sobre gestão: Fazer as perguntas certas
Uma seção para compartilhar as minhas descobertas a respeito da gestão de pessoas. As referências usadas na seção estão aqui.
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Fechando a tríade sobre comunicação com uma habilidade que venho trabalhando e tentando dominar há algum tempo: perguntar ao invés de responder.
Trabalhando como um colaborador individual, é normal que se espere que você tenha respostas. Afinal, você foi contratado provavelmente para desempenhar algum trabalho com impacto direto no resultado final. Mas, quando se trata de um gestor, não é esperado que você trabalhe dando todas as respostas e propondo todas as soluções.
O seu impacto vai ser mensurado a partir do quanto você consegue desenvolver as pessoas no seu time para realizar um trabalho que gere o resultado esperado. E o ponto aqui não é que o líder deve se abster de apoiar no caminho da solução. Mas sim entender que nem sempre a solução que ele conhece é a única existente ou é de conhecimento geral.
Perguntar permite abrir esse leque de opções ao mesmo tempo que instiga o liderado a aprender. A intenção é gerar debates, levar à compreensão do problema e até mesmo motivar o trabalho em equipe.
Podemos ter dois tipos de perguntas:
Perguntas fechadas: geralmente limitantes, que podem ser respondidas com um “sim“ ou “não“
Perguntas abertas: abrem espaço para respostas mais elaboradas e detalhadas
Devemos nos aproveitar das perguntas abertas para entender qual é o problema que precisamos resolver. Porque, às vezes, tentamos dar direcionamento para algo que ainda nem compreendemos e falhamos na gestão por deixar pontos em aberto para interpretação. E, mais importante do que isso, é deixar quem trouxe o problema percorrer o caminho para entender o que realmente está acontecendo.
Quantas vezes alguém pede ajuda e, no meio da explicação do problema, descobre que sabia a resposta o tempo todo? Particularmente, já precisei diversas vezes de um patinho de borracha para conseguir avançar. Por isso, saiba que estar disponível para ouvir e entender o que cada pessoa está enfrentando pode ser o suficiente para começar a se avaliar como um bom gestor.
Últimos posts do blog
Seção onde envio as atualizações do blog, sempre no estilo slow blogging.
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Seguindo firme e forte na frequência de posts toda sexta-feira, graças ao Pomodoro.
Agilidade
Mais um post compartilhando sobre as listas que costumo fazer para desempenhar uma atividade do meu trabalho. Por mais estranho que pareça, eu tenho listas até para quando vou conhecer um novo time e não quero deixar nenhum ponto de fora. E é esse processo que mostro aqui.
Desenvolvimento pessoal
Como foi o curso “Introduction to Data“ da Udacity
Durante dois meses, fiz o curso dentro da Udacity com uma bolsa da Bertelsmann. Foi um período bem intenso de estudo e com um conteúdo que me surpreendeu na abrangência. Neste post, falo sobre a grade do curso e conto um pouco sobre os próximos passos da bolsa e do que pretendo fazer com o que aprendi.
Ontem foi o Dia Internacional da Mulher. Não pensei em fazer uma edição especial ou algo do tipo porque acho que não basta querer fazer algo diferente em apenas um dia do ano. O que importa é manter o respeito com as mulheres, seguir compartilhando oportunidades e conhecimento e fazer parte de movimentos que nos apoiem o ano inteiro.
O dia 8 é um dia de reflexão e, para mim, um dia para repensar se sigo fazendo durante o ano inteiro o que acredito ser o certo. Espero que para você também seja algo parecido e gostaria de reforçar que sempre estou disponível para conversar com qualquer mulher que precise de apoio para entrar no mercado de trabalho ou até mesmo fazer uma transição de carreira.
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Por hoje é isso, boa quinzena!
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Imagem do preview de Clemens van Lay, via Unsplash