Olá,
Os últimos 15 dias foram agitados. Mesmo assim, consegui ter mais momentos para escrever com concentração e avançar nos meus estudos e projetos.
Uma das atividades que também consegui fazer foi ler. E foi justamente por isso que nasceu o tema da edição de hoje.
Boa leitura!
Abraço,
Ingrid Machado
Nesta edição
🎯 Tema da edição: Ciclo de feedback
🪴 Organização pessoal: Cofrinhos no Itaú
📖 Aprendizado contínuo
📄 Notas quinzenais
📚 Lista de leitura
💻 Últimos posts do blog
🎯 Tema da edição: Ciclo de feedback
Seção para falar sobre o tópico principal da edição.
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Lendo o livro "Humilhado: Como a era da internet mudou o julgamento público", me deparei com o conceito do ciclo de feedback (feedback loop). No ciclo de feedback, são fornecidas informações sobre as nossas ações em tempo real, o que nos dá uma chance de mudar as nossas ações em direção a um comportamento melhor.
O exemplo utilizado no livro é muito interessante: em uma área escolar, os motoristas não estavam reduzindo a velocidade e o problema foi resolvido com um medidor de velocidade que apenas exibia a velocidade atual do carro na via. Com essa simples mudança, os motoristas passaram a diminuir a velocidade no trecho escolar. Mesmo sem nenhuma multa sendo emitida, apenas com uma tela exibindo a sua velocidade real em comparação com a da via.
O sucesso desse exemplo está diretamente ligado ao ciclo de feedback. Ao fornecer para o motorista uma informação a respeito do comportamento atual, ele tem a oportunidade de ajustar esse comportamento. Em boa parte das vezes, o ajuste escolhido é direcionado a seguir as regras, ou seja, a se comportar melhor.
O ciclo de feedback tem 4 estágios:
Dados: um comportamento deve ser mensurado, capturado e armazenado
Relevância: os dados devem ser contextualizados e fornecidos para o usuário de forma que dispare uma reação emocional
Consequência: a informação deve deixar claras quais são as opções disponíveis
Ação: deve existir um momento claro em que o indivíduo pode ajustar o seu comportamento, tomar uma decisão e agir
A ação final pode ser mensurada e o ciclo de feedback inicia novamente.
Usando o exemplo da velocidade novamente, podemos ter o seguinte ciclo:
Dados: um medidor de velocidade capta os dados de um carro trafegando na via
Relevância: a tela do medidor exibe para o motorista a sua velocidade atual em comparação com a velocidade permitida na via
Consequência: o motorista pode escolher entre reduzir, aumentar ou manter a sua velocidade atual ao ser lembrado de que estar fora do limite de velocidade gera consequências, como multas e acidentes
Ação: o motorista muda a sua velocidade
O artigo mencionado no livro e no qual me baseei para escrever boa parte desse texto fala sobre as barreiras para trazer o ciclo de feedback para o cotidiano:
Dados personalizados são caros
Coletar dados de forma barata é complicado
A questão é que esses dois obstáculos eram verdadeiros em 2011, ano em que o artigo foi escrito. Atualmente, é muito mais barato ter acesso aos nossos dados personalizados para conseguir tirar proveito do ciclo de feedback.
Com o meu smartwatch, eu consigo medir quantas calorias queimei num treino, contar os meus passos diários, monitorar o meu sono e até mesmo fazer avaliações antropométricas (medições como a quantidade de músculo esquelético, massa gorda e água corporal).
Eu também não dependo de um caderno para acompanhar as minhas métricas, porque o aplicativo que acompanha o relógio mantém o histórico e me permite acompanhar outras variáveis não acompanhadas pelo smartwatch manualmente. Um exemplo é o meu consumo de água. A cada copo finalizado, basta clicar num botão que o aplicativo contabiliza a quantidade e o horário.
Nunca tivemos tanto feedback sobre o nosso estado atual. Porém, ao mesmo tempo, imagino que muitas pessoas não prestem tanta atenção a esses dados. Talvez pela facilidade de coletar todos eles ou pelo volume de informações disponíveis. Mas o ciclo de feedback funciona justamente quando as informações são contextualizadas e fornecidas de forma mais direta.
O artigo também fala sobre encontrar a dose correta de feedback. Se o ciclo de feedback é muito passivo, não prestamos atenção porque os dados se perdem no meio dos estímulos diários. E se o ciclo de feedback é muito intrusivo, os dados se tornam um barulho a ser ignorado. O que precisamos fazer é encontrar um ponto de equilíbrio para que os dados fornecidos iniciem um ciclo de feedback que vai gerar mudanças reais.
Sabendo da existência do ciclo de feedback e do papel exercido pelos dados, podemos usar esse conceito para nos ajudar na conclusão dos nossos objetivos. Por exemplo, eu tenho como objetivo esse ano concluir alguns planos de estudo. Pensando no ciclo de feedback, eu uso um documento em que acompanho o andamento dos meus estudos. O que esse documento me mostra no acompanhamento são justamente informações que me fazem mudar de abordagem conforme o meu estado atual.
A aba está sempre aberta no meu navegador, o que me faz lembrar de consultar a tela de acompanhamento sempre que percebo o ícone da aba aparecendo. Não gosto muito de notificações, então ver o ícone consegue ser um lembrete forte o suficiente para me fazer consultar as informações, sem me sentir sobrecarregada.
Já tive muita dificuldade em concluir os meus estudos por achar que tinha tempo suficiente para concluir o planejado, quando a situação não era exatamente essa. Mas agora, ao receber de forma resumida a informação de que tenho 10 dias para concluir mais 10 capítulos de um livro, eu certamente vou focar na leitura do livro nos próximos dias se eu decidir que quero concluir a leitura no prazo.
Esse ciclo pode ser aplicado em diversas outras áreas. Com as informações do meu smartwatch e do aplicativo Samsung Health, eu posso tomar decisões baseadas na quantidade de exercícios que fiz na semana ou na quantidade de água que tomei no dia. As decisões podem ser ir para a academia amanhã de manhã ou tomar mais um copo d'água no meio da tarde porque o meu consumo está baixo.
Sugiro que você avalie os seus objetivos e como eles podem se beneficiar do ciclo de feedback. Pergunte-se se é possível mensurar algum fator envolvido no acompanhamento e na conclusão desse objetivo e se existe uma forma de criar esses ciclos focando em melhoria contínua.
🪴 Organização pessoal: Cofrinhos no Itaú
Seção para reforçar o meu compromisso de manter a minha própria organização.
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Na edição #76, eu falei sobre segurança financeira e sobre como eu organizo o meu dinheiro. Depois desse envio, o Itaú lançou uma funcionalidade muito parecida com as caixinhas do Nubank: os cofrinhos.
Basicamente, é uma forma mais simples de investir e guardar dinheiro que rende 100% do CDI nos dias úteis. Eu gosto desse formato porque já tinha investimentos separados para objetivos diferentes e precisava me lembrar do que significava cada um. Com os cofrinhos, é possível dar um nome e estabelecer uma meta financeira. O que facilita muito na organização.
Atualmente, eu tenho 5 cofrinhos, sendo que o principal deles segue sendo a minha reserva de emergência. Como ficou mais fácil organizar o dinheiro assim, de todos os investimentos que eu comentei anteriormente, eu mantive apenas a poupança. Todo restante virou cofrinho. Até mesmo o dinheiro que eu pretendo usar para comprar os tecidos para seguir aprendendo a costurar virou cofrinho.
Se quero comprar alguma coisa, estou me organizando para juntar o valor num cofrinho ao invés de passar o cartão e já fazer a compra. E essa estratégia tem sido muito boa para me ajudar a controlar os meus gastos.
O melhor de tudo é que o cofrinho pode ter qualquer valor, então é possível criar uma reserva para objetivos menores e investir R$ 10 por mês, sem nenhuma trava. Muitas vezes, achamos que guardar o dinheiro que sobra não vale tanto a pena quando é pouco, mas acredito que organizar os nossos planos nesse formato mostra que cada real conta.
Enfim, compartilhei aqui porque realmente gostei muito desse novo formato e acho que agora vou conseguir ter ainda mais controle financeiro sobre o que quero adquirir futuramente.
📖 Aprendizado contínuo
Seção com a minha rotina de aprendizado.
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🗓️ Planos de estudos
Diferente da edição anterior, hoje tenho atualizações um pouco mais positivas e em direção à conclusão de alguns planos de estudo:
[Seamwork] Costura: finalizei o Hansie Top usando retalhos que sobraram de um projeto do plano "[Sew Over It] Beginner's guide to sewing". Aprendi bastante, principalmente por perceber a diferença entre teoria e prática nos conceitos que venho estudando
[Sew Over It] Beginner's guide to sewing: finalmente estou com todo o material necessário para finalizar o último projeto do livro. Já cortei os tecidos e agora só falta partir para a finalização na máquina de costura
[Alura] - Django: crie aplicações em Python: terminei o curso "Django: templates e boas práticas", assisti ao vídeo "O que é ORM"
A lista com todos os meus planos de estudos para 2025 pode ser encontrada aqui.
📄 Notas quinzenais
Uma curadoria sobre tudo o que chamou a atenção nos últimos dias. Por William Brendaw.
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Os códigos 'secretos' da alquimia escondidos em disco de Jorge Ben Jor
Um raio-x sobre as minúcias do álbum A Tábua de Esmeralda, um dos discos mais influentes da música brasileira e mundial.
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Micro aposentadorias: a resposta para o esgotamento mental?
O conceito é muito bom, porém nada original. Será que ficou démodé demais o conceito de períodos sabáticos? A verdade é que qualquer tempo de descanso já ajuda muito. Ainda mais quando o piloto automático da vida está nos cobrando um preço que a gente nem percebeu ainda.
Conteúdo em inglês.
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Uma noite de sono pode te ajudar a tomar melhores decisões?
A ciência ajuda a explicar quem gosta de dormir com uma decisão em aberto para ter a melhor escolha.
Conteúdo em inglês.
O Clube do Livro para Introvertidos é um clube do livro focado em não ficção e com leitura assíncrona. Por apenas R$ 5 mensais, você recebe o acompanhamento da leitura atual e tem acesso a todas as leituras anteriores.
💻 Últimos posts do blog
Seção onde envio as atualizações do blog, sempre no estilo slow blogging.
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Newsletter
Texto originalmente publicado na newsletter, em que compartilho mais alguns aprendizados do curso YOUR Growth Booster.
São dicas valiosas para quem pretende iniciar ou manter uma rotina de aprendizado contínuo em que realmente se aprende alguma coisa.
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Dicas e recomendações
Eu adoro descobrir formas de economizar dinheiro e usar tudo o que eu assino da forma mais eficiente possível. E os aplicativos do Wellhub são, atualmente, uma das formas que mais economizo dinheiro.
Parece uma propaganda, mas não é. Estou apenas repassando uma dica que costumo compartilhar com quem também tem o aplicativo e acaba não aproveitando o serviço na totalidade.
Ultimamente, notei que andava tão focada em manter o meu calendário de publicações, que estava consumindo pouquíssimo conteúdo. Ler o livro que inspirou essa edição foi o que me fez perceber essa mudança.
Espero continuar com uma rotina mais tranquila, sem começar a publicar apenas para manter datas corretas. Já li e assisti tantas coisas nesses últimos 15 dias que parece que um peso saiu das minhas costas.
Estou compartilhando esse lembrete de descansar contigo porque pode ser útil para você também, assim como foi para mim.
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Por hoje é isso, boa quinzena!
✉️ Edição anterior
🏞️ Trilha de Valor #101 - Sobre fazer melhor na próxima
Nesta edição, falei sobre uma forma de lidar com erros e não se martirizar pelas falhas que acontecem.