Olá,
Com a proximidade de uma nova leitura no Clube do Livro para Introvertidos, vou enviar nessa e nas próximas edições alguns textos sobre o clube. O restante da edição segue normal, mas te convido a conhecer mais sobre esse meu outro projeto.
O tema de hoje é inspirado num livro sobre fracasso que gostei bastante de ler. Tenho uma certa dificuldade de ver os meus erros como oportunidades de aprendizado ou apenas erros e costumo transformar essas experiências no pior que poderia acontecer. Essa visão fatalista não me ajuda nem um pouco, então procuro qualquer fonte que me ajude a mudar esse meu pensamento.
Espero que te ajude também. Boa leitura!
Abraço,
Ingrid Machado
Nesta edição
🎯 Tema da edição: Fracasso
📘 Clube do livro para introvertidos: Por que entrar no clube
🪴 Organização pessoal: Se organizando para viajar
👩🏽💼 Sobre gestão: Feedback sobre o livro
📄 Notas quinzenais
📚 Lista de leitura
💻 Últimos posts do blog
🎯 Tema da edição: Fracasso
Seção para falar sobre o tópico principal da edição.
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Já falei sobre erros na newsletter e, fazendo uma autoavaliação, percebo que ainda sigo muito impactada negativamente por qualquer erro que cometo. É um exercício constante tentar entender o quanto a falha é grave a ponto de realmente gerar problemas e o quanto ela serve como aprendizado. Mas tenho me apoiado na visão da autocompaixão, que prega que devemos ser mais gentis com a gente mesmo. Também estou tentando pensar qual seria a minha postura em relação ao erro de outra pessoa antes de fazer o meu próprio julgamento.
Por estar sempre tentando evoluir nesse tema, me interessei num livro do clube de leitura "Pensadores da atualidade", do BibliON: "As virtudes do fracasso", de Charles Pépin. Não consegui acompanhar a leitura junto do clube, porque comecei a ler bem próximo da data do encontro, mas a experiência de apenas ler o livro já foi suficiente.
O autor apresenta o fracasso sob várias perspectivas: para aprender mais rápido, como único meio para compreender, como lição de humildade, etc. Todos os capítulos são muito convincentes para quem precisa de apoio para entender que o fracasso não é o fim do mundo. E quero destacar aqui o que ele fala sobre como aprender a ousar.
Para aprender a ousar, o autor sugere quatro vertentes:
Aumentar a própria competência
Admirar a audácia dos outros
Não ser perfeccionista demais
Lembrar-se de que o fracasso sem audácia é dos mais nocivos
Aumentar a própria competência
Abraçar o fracasso não é apenas tentar sem se preparar minimamente. Fazer isso seria apenas descuido. Antes de ousar, é preciso trabalhar as suas competências e adquirir experiência. Assim, no momento em que for necessário ousar, você vai conseguir acessar a sua caixa de ferramentas e decidir rapidamente o que fazer para lidar com a situação que se apresenta.
Ficar apenas aguardando oportunidades para ousar e não se preparar para o que pode vir é arriscado e receita certa para o erro que não leva a nenhum aprendizado. Os conhecimentos que você adquire em qualquer área podem ser empregados em outras que ninguém ainda pensou em testar. O seu conhecimento e a sua experiência vai ser o que vai te dar segurança para ousar. Ou seja, vai te permitir entender quando é possível ousar.
A audácia é um resultado, uma conquista: as pessoas não nascem audaciosas, elas se tornam.
Admirar a audácia dos outros
O autor apresenta exemplos de pessoas que se inspiraram na audácia de outras pessoas que vieram antes delas. Sem querer imitar, apenas observando como o que foi aplicado por outros pode mudar o que está sendo feito no momento para melhorar o resultado.
Fiquei muito intrigada com a parte que menciona que estamos vivendo uma época que dá muito destaque para pessoas sem talento. Se as pessoas que admiramos não são os melhores exemplos que podemos buscar, como vamos evoluir a partir do que observamos? É um ótimo questionamento para entender o que consumimos e como esse conteúdo impacta no que criamos.
O fato de uma época dar tanto destaque a tanta gente sem talento nem carisma é inédito na história, com consequências que ainda não podemos mensurar.
Não ser perfeccionista demais
Apesar de ser necessário se preparar, não podemos nos deixar paralisar pelo perfeccionismo. Conforme o que mencionei no primeiro item, temos que adquirir competências, mas também ter experiências para validar esse conhecimento.
No momento de ousar, esperar por todas as condições necessárias vai apenas fazer a oportunidade passar e a resposta padrão virar sempre aguardar. Eu sofro desse mal e trabalho para melhorar a cada vez que publico uma edição da newsletter. Porque se eu revisar o texto dez vezes, eu vou fazer dez ajustes. Mas o que interessa é compartilhar conhecimento e não mandar textos perfeitos.
"Quantas coisas temos de ignorar para agir." - Paul Valéry
Lembrar-se de que o fracasso sem audácia é dos mais nocivos
Perder sem nem tentar é o pior resultado que alguém pode obter. Pensando a partir desse ponto de vista, tentar e não conseguir não parece um resultado tão ruim. É a partir do fracasso que vamos entender o que precisamos mudar e o que temos que aprender para acertar na próxima.
Domine a sua zona de conforto para que você consiga sair dela e ser audacioso. Não é preciso sair fazendo tudo diferente, basta dar o primeiro passo e ousar com certa segurança.
“Uma viagem de vinte léguas começa com o primeiro passo.” - Lao-Tsé
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Eu entendo que aceitar o fracasso e focar também na parte boa, no meu caso, vai ser um exercício constante. Mas também entendo que é necessário mudar essa minha visão para ter uma vida mais tranquila. Principalmente porque não ouso julgar ninguém da forma que me julgo.
Recomendo o livro para quem, assim como eu, precisa ver o fracasso de pontos de vista diferentes e como uma oportunidade de desenvolvimento pessoal.
📘 Clube do livro para introvertidos: Por que entrar no clube
Um clube para quem quer participar de leituras coletivas, sem necessariamente precisar interagir. Para participar, assine a newsletter do projeto.
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O Clube do Livro para Introvertidos tem um formato um pouco diferente. Com a leitura assíncrona, a interação e acompanhamento da leitura não depende de encontros presenciais ou online.
Caso você tenha interesse em fazer parte de um clube do livro e ainda não está convencido de que esse é uma boa opção, talvez esses motivos possam te convencer:
Você pode ler no seu tempo
O formato de leitura assíncrona é o ideal para quem não tem tempo para participar de encontros com data e horários fixos.
Perdeu algum prazo? Não tem problema, as publicações anteriores seguem disponíveis na página inicial do clube.
Você mantém a motivação
Atividades em grupo nos ajudam a manter elas por mais tempo. Porque quando fazemos algo acompanhado por outras pessoas, fica mais fácil manter o comprometimento.
Por isso, esse formato pode ser o ideal para quem pretende iniciar o hábito da leitura.
A organização é comigo
Assim que a leitura é escolhida, eu faço a divisão do livro em partes que serão lidas a cada 15 dias. O plano de leitura é divulgado no primeiro dia, com a indicação de todas as datas importantes.
Durante toda a leitura, eu faço publicações com as minhas impressões sobre a leitura e aviso sobre a próxima parte a ser lida.
Tem material complementar
Durante a leitura, eu faço a compilação dos principais conceitos, citações e recursos adicionais para apoiar no entendimento do livro. No fechamento do livro, envio esse material junto das considerações finais.
É um ótimo material para revisar os pontos principais do livro que foi lido e reforçar o entendimento através da repetição espaçada.
É uma folga das redes sociais
O acompanhamento das publicações pode ser feito via email ou dentro da página do clube no Substack.
Na minha opinião, acompanhar uma leitura fora das redes sociais é uma atividade bem mais tranquila e prazerosa. Dessa forma, é possível evitar distrações e focar no acompanhamento da leitura.
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O Clube do Livro para Introvertidos é um clube de leitura assíncrona de livros de não ficção. Para participar, basta assinar o projeto aqui. A votação para escolher o próximo livro abre na semana que vem, no dia 24/09.
A participação custa R$ 5 por mês ou R$ 50 por ano, mais o valor dos livros escolhidos a cada ciclo.
🪴 Organização pessoal: Se organizando para viajar
Seção para reforçar o meu compromisso de manter a minha própria organização.
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Toda vez que eu vou viajar, seja para trabalho ou para lazer, eu enfrento uma ansiedade que acredito não ser o normal para a maioria das pessoas. Na verdade, qualquer quebra na rotina me deixa ansiosa, mas eu preciso lidar com isso para conseguir fazer os meus compromissos e aproveitar minimamente as viagens.
Como viajei recentemente, acabei usando alguns artifícios que eu tinha organizado com antecedência depois de passar perrengues em viagens anteriores. Como acho que funciona bem para me ajudar nesses momentos, decidi compartilhar aqui na newsletter.
Lista de itens para a mala
O meu maior pesadelo com viagens é esquecer algo que vai ser difícil de repor durante a viagem. Por exemplo, esquecer um remédio é ruim, mas praticamente todo lugar tem farmácia. Mas esquecer o meu caderno com as minhas anotações é irremediável. Então, eu criei uma lista para arrumar os meus itens antes da viagem sem esquecer de nada importante.
Eu uso o Microsoft To Do para organizar as minhas listas. Dentro do aplicativo, eu tenho a lista “Viagem” que tem todos os itens que eu geralmente levo comigo. Para ficar mais organizado, alguns itens possuem subitens. Por exemplo:
Mala
Tênis
Pijama
Casaco
…
Bolsa
Óculos de sol
Carteira
Chaves
…
Eletrônicos
Fone de ouvido
Kindle
Power bank
…
Quando estou montando a minha mala, vou marcando cada item/subitem na lista e garanto que tudo o que é básico para viajar não foi esquecido.
Parece uma dica muito simples, mas eu chego a ter pesadelos que esqueci coisas muito básicas antes de viajar. Então preciso de algo que me apoie nessa ansiedade e me ajude a dormir bem na noite anterior.
Eventos na agenda
Assim que compro as passagens e reservo o hotel, já incluo os eventos na agenda do Google. Eu tenho uma agenda compartilhada com o meu marido em que incluo esses eventos e podemos acompanhar os principais horários juntos.
Quando a viagem envolve aeroporto, gosto de deixar explícito o horário do embarque. Assim, a gente se organiza para chegar sem atrasos e sem correria. E quando vamos ficar em hotel, também é interessante ter os horários de check-in e check-out marcados. Principalmente se adiantar o check-in envolve pagar alguma taxa extra.
Alarmes
Além de ter os eventos na agenda para lembrar dos compromissos, também configuro alarmes para não perder os horários do dia. Alarmes para pedir o Uber, ir para o portão de embarque e até para começar a me arrumar antes de sair de casa me ajudam a não precisar me preocupar constantemente com todos os horários.
No dia da viagem, eu costumo acordar cedo e já estar com a maioria das coisas organizadas, como já ter todas as roupas lavadas, por exemplo. Mas gosto de encontrar algo para me distrair e, às vezes, acabo não percebendo o tempo passar. Por isso, o melhor é deixar o alarme me avisar para não viver em função de cuidar que horas são o tempo todo.
Como já mencionei, fico bem ansiosa com as viagens. Então entre ficar cuidando o horário minuto a minuto no dia, prefiro tentar me distrair e deixar os alarmes ditarem o fluxo do meu dia.
Gerenciamento da bateria
Com o funcionamento parcial do aeroporto de Porto Alegre, a viagem passando por Canoas adiciona um tempo considerável entre embarque e decolagem. Com isso, uma das coisas com que me preocupo é a bateria do celular. Eu tenho um power bank bem simples, mas que quebra um galho. Então, antes de viajar, eu deixo ele carregando e levo sempre para viagem com a bateria cheia.
Também deixo o celular na economia de bateria e acompanho o nível de energia durante o trajeto de ida ou de volta. Se tem algo que me deixa mais ansiosa do que viajar é ficar com pouca bateria durante a viagem. Hoje em dia, tudo é no celular. Ficar sem bateria é não ter como se comunicar com ninguém (difícil ter um número de telefone decorado), não conseguir se locomover ou se localizar na cidade. Eu mesma não sei me localizar direito nem com o Google Maps disponível, imagina sem.
Eu comecei a escrever esse texto com a intenção de compartilhar a minha organização para viagens e terminei com um depoimento completo de como sou ansiosa para executar tarefas normais para qualquer adulto. Mas a verdade é que nem tudo é normal para qualquer adulto e muita gente precisa de apoio para funcionar da melhor forma possível. Por isso, espero que compartilhar as minhas dicas te ajude a fazer a sua próxima viagem com mais tranquilidade.
👩🏽💼 Sobre gestão: Feedback sobre o livro
Uma seção para compartilhar as minhas descobertas a respeito da gestão de pessoas. As referências usadas na seção estão aqui.
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Você comprou ou baixou de graça o meu livro e já leu ele? Em caso positivo, ficaria muito feliz de receber o seu feedback.
Caso queira me enviar o seu feedback, é só responder a esse email ou, caso esteja lendo a publicação no Substack, deixar o seu comentário.
Se quiser que o seu feedback apareça na página inicial do livro, é só sinalizar que vou incluí-lo no LeanPub.
📄 Notas quinzenais
Uma curadoria sobre tudo o que chamou a atenção nos últimos dias. Por William Brendaw.
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A história de mais uma fraude científica vendida como a revolução dos supercondutores em temperatura ambiente, mas que era apenas mais um escândalo na ciência.
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A doença de Alzheimer tem um custo financeiro muito antes do diagnóstico, descobre estudo
Uma nova pesquisa mostra que as pessoas que desenvolvem demência tiveram problemas financeiros, como dívidas de financiamentos, faturas de cartão de crédito e outros empréstimos, anos antes da doença se estabelecer.
Conteúdo em inglês.
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O abismo à beira da compreensão humana - uma viagem a um buraco negro
É simplesmente surreal ver essa simulação visual da NASA sobre como seria cair em um buraco negro. O resultado é impressionante e, ao mesmo tempo, simples.
Conteúdo em inglês.
📚 Lista de leitura
Registro de todos os livros que li desde o último envio da newsletter. A lista completa de livros que prometi ler esse ano pode ser vista no post Lista de leitura 2024.
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Na primeira vez que li Jane Austen, percebi o quanto tinha perdido apenas vendo as adaptações. Dessa vez, decidi que iria ler o livro antes de ver as adaptações e sigo acreditando que foi uma boa escolha. Assim como na leitura anterior, o livro começou meio lento, passando a sensação de que seriam muitos personagens para acompanhar. Mas, conforme fui avançando, percebi que era uma leitura fluida e que me fez torcer pela história. Apesar de longo, fiquei me sentindo um pouco órfã quando terminou.
Com essas duas experiências, pretendo ler todos os livros da Jane Austen.
Esse foi o livro do desafio de leitura de julho do BibliON.
O Clube do Livro para Introvertidos é um clube do livro focado em não ficção e com leitura assíncrona. Por apenas R$ 5 mensais, você recebe o acompanhamento da leitura atual e tem acesso a todas as leituras anteriores.
💻 Últimos posts do blog
Seção onde envio as atualizações do blog, sempre no estilo slow blogging.
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Organização
Como organizo a minha agenda de trabalho
Ter uma agenda bem organizada é o que mais me ajuda a ter uma rotina de trabalho tranquila e uma semana produtiva que passa muito rápido. Apesar de nem sempre ser possível organizar tudo do jeito que quero, existem algumas práticas que mantenho para que a minha agenda fique minimamente alinhada com a minha energia ao longo do dia. E é isso que compartilho nesse post.
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Insigths
Estar nas redes sociais deteriora o meu foco e compromete algumas atividades que gostaria de fazer durante o dia. Ciente de que isso acontece, tirei um tempo para pensar a respeito e compartilhar nesse post as minhas reflexões. Foi um exercício interessante, já que, escrevendo sobre o problema, consegui pensar numa solução muito simples.
Esse post foi escrito antes do banimento do Twitter no Brasil. O que significa que atualmente está bem mais fácil manter a minha rotina longe das redes sociais.
Essa foi uma edição que escrevi depois das minhas férias e já de volta à minha rotina normal. É impressionante o quanto estar com a minha rotina organizada me permitiu escrever sem sentir o peso da tarefa, mesmo com duas viagens próximas dessa produção.
Mesmo com as dificuldades de manter o foco e executar o meu planejamento, sinto que são esses compromissos públicos, como o envio da newsletter e as publicações no blog, que me mantém no ritmo.
Obrigada por acompanhar o que produzo, espero que esteja sendo útil.
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Por hoje é isso, boa quinzena!