Olá,
Ultimamente, tenho pensado bastante sobre o meu trabalho e sobre como retomar a minha rotina com uma maior separação entre vida profissional e vida pessoal. Por isso, entendo que a reflexão que vou compartilhar na edição de hoje cai como uma luva para o momento que estou vivendo.
Além de pensar sobre o trabalho, também ganhei mais oportunidades de aprendizado e estou me organizando para não perder o meu ritmo de aprendizado contínuo. Espero conseguir compartilhar toda a jornada aqui na newsletter, mas já adianto alguns spoilers sobre essas mudanças aqui nessa edição.
Espero que seja uma boa leitura!
Abraço,
Ingrid Machado
Nesta edição
🎯 Tema da edição: Sobre fazer o que se ama
📘 Clube do livro para introvertidos: Novo programa de indicações
📖 Aprendizado contínuo: Voltando para a programação com Python
📄 Notas quinzenais
💻 Últimos posts do blog
🎯 Tema da edição: Sobre fazer o que se ama
Seção para falar sobre o tópico principal da edição.
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Durante as minhas férias, assisti a um vídeo do Luide em que ele comentava sobre trabalhar com o que você ama. Como alguém que gosta do que faz, gosto de ver esses debates e comentários porque sei que tenho uma grande parte da minha criação como responsável por essa visão.
Relembrando, sou engenheira de computação, especialista em engenharia de software e atuo como coordenadora de tecnologia. A escolha de estudar tecnologia foi totalmente motivada pelo futuro que via na área e não necessariamente pelo quanto gostaria de atuar nela. Gostar do que eu faço atualmente foi uma feliz coincidência, mas ter como me sustentar foi o que decidiu o meu futuro.
Caminho até o trabalho que gosto
Antes de estar trabalhando com gestão de pessoas, iniciei na área formalmente como desenvolvedora. Não que eu não gostasse do que eu fazia, mas encontrei tantos desafios que hoje em dia considero ridículos que não quis me manter investindo energia na programação.
Como tive a oportunidade de fazer uma transição de carreira, abracei o desconhecido, iniciando como Scrum Master e evoluindo até a coordenação para entender o que eu realmente gosto de fazer no trabalho.
O que eu amo de verdade
Como já comentei, na época do vestibular eu escolhi o que dava mais dinheiro e estava mais alinhado com o meu gosto. Os meus pais tentaram influenciar para que eu escolhesse medicina ou direito, mas eu tinha a sensação de que engenharia de computação era realmente a opção menos pior. Por sorte, consegui conquistar muitas coisas trabalhando na área e acho que não teria a vida que tenho hoje se tivesse trilhado outro caminho.
Digo que acho porque não tenho como saber como teria sido. Talvez eu tivesse feito qualquer outro curso por gostar da área e estivesse melhor do que eu estou hoje. Então só posso comentar a respeito do que vivi.
Se eu fosse escolher uma segunda graduação para cursar sem a pressão de ter que escolher um curso para iniciar a minha carreira, estaria escolhendo algo muito diferente. Ultimamente, tenho me interessado em estudar sobre desenvolvimento pessoal e vejo que isso é muito alinhado com psicologia. Escrever nos meus projetos me levaria a escolher algum curso de escrita criativa como opção também.
O conselho do vídeo
Caso você não tenha assistido o vídeo que linkei no início do texto, o conselho final é que você faça o que precisa fazer para ganhar dinheiro ao mesmo tempo que faz o que gostaria de estar fazendo. No meu caso, eu até sigo esse conselho. Porque eu tenho 3 projetos em paralelo com o meu trabalho formal.
Eu demorei a entender que eu realmente gostava de escrever e compartilhar conhecimento porque eu fui criada para trabalhar e garantir o meu sustento. Fazer algo além para satisfazer o que eu realmente gostaria de estar fazendo parece estranho, ainda mais no meu caso, porque não tenho planos de viver dos meus projetos.
Entendo que o conselho do vídeo original é para quem pretende fazer a transição para o que gosta. Mas concordo muito com quem fala que não temos que monetizar todos os nossos hobbies. Alguma coisa pode ficar com mais liberdade, sem a pressão de atender uma demanda e mantendo o prazer de fazer porque é o que se gosta.
Para ficar claro, nada contra quem monetiza as suas paixões. Se você é feliz assim, fico muito feliz por você. Os meus questionamentos na edição de hoje são:
Você é feliz no trabalho?
Se não for, você tem algo além do trabalho que te traz felicidade?
Eu não acho que necessariamente precisamos ser felizes no trabalho, mas já tive a experiência de me sentir muito mal durante o expediente e não recomendo para ninguém. Se tem algo que gostaria de estar fazendo e não faz por considerar que não tem tempo, é uma boa pensar se realmente não tem tempo ou se deixa o trabalho tomar conta da sua vida.
📘 Clube do livro para introvertidos: Novo programa de indicações
Um clube para quem quer participar de leituras coletivas, sem necessariamente precisar interagir. Para participar, assine a newsletter do projeto.
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Se você gosta de fazer parte do clube e quer indicar para outras pessoas, use o botão abaixo. Dependendo do número de assinaturas geradas, você ganha resumos com citações, conceitos e anotações de livros de não ficção.
Os resumos são muito parecidos com o material complementar disponibilizado ao final de cada leitura do clube do livro. Mas são de livros não lidos no clube e num formato diferente, igual a esse exemplo:
Níveis de premiação
Para cada número de indicações, selecionei diferentes livros para criar o material de apoio e enviar como premiação. Assim que a indicação entra no clube e confirma a assinatura, quem indicou recebe um email com os seguintes materiais:
1 indicação:
3 indicações:
5 indicações:
Começamos a leitura atual na semana passada e ainda dá tempo de acompanhar a leitura atual de forma síncrona ou acompanhar as leituras anteriores de forma assíncrona.
Te espero lá!
📖 Aprendizado contínuo: Voltando para a programação com Python
Seção com a minha rotina de aprendizado.
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Desde que migrei do desenvolvimento de software para a gestão de pessoas, nunca mais atuei como desenvolvedora. O máximo que fiz foi desenvolver alguns jogos no Scratch e alguns documentos no Coda. Mas tudo envolvendo low code.
Toda vez que tento voltar a programar usando o Java ou algum framework que envolva a linguagem, também sinto que estou muito para trás. Já fazem uns 6 anos que não programo e, nesse meio tempo, a linguagem evoluiu, as práticas de desenvolvimento mudaram e novas ferramentas surgiram. Com isso, voltar a desenvolver com Java me daria o mesmo trabalho que para aprender a desenvolver em qualquer outra linguagem.
Atualmente, estou como coordenadora de tecnologia em uma Squad que trabalha com Python. Eu tenho noção de todo o processo de desenvolvimento, até porque atuo como guardiã dele, mas não me envolvo com código. Não chega a ser uma grande desvantagem, mas existem algumas limitações no apoio que posso dar para o time.
Coincidentemente, um evento sobre carreira aconteceu e distribuíram bolsas de estudos para os participantes. Eu decidi tentar uma dessas bolsas pensando em voltar a estudar programação e focaria em Python para ter um alinhamento maior com o time em que trabalho atualmente. Felizmente, ganhei a bolsa e vou poder comprar alguns cursos. Como o valor é suficiente, decidi que vou assinar a Alura novamente, outra coisa que há anos não tenho mais, para aprender Python. Eles foram muito importantes para a minha evolução no Java e espero que agora aconteça o mesmo.
Sendo bem sincera, estou com uma certa preguiça de voltar a programar. É muita coisa para aprender e me atualizar. Mas sei que é uma crença limitante, porque também fui muito feliz trabalhando como desenvolvedora e eu já vivo estudando. Inclusive, um conselho que eu dou para o meu time é que nunca parem de programar. Porque para voltar é um pouco complicado.
Assim como nos outros cursos, pretendo compartilhar aqui nessa seção o que vou estudar na Alura. Pretendo fazer cursos além do Python e registrar a minha evolução aqui me ajuda bastante a manter o ritmo. Também me candidatei para mais um ano de bolsa do Coursera, então pode ser que eu siga num ritmo intenso de estudos no ano que vem.
Caso alguém tenha alguma dica para ajudar com esse novo caminho que estou trilhando, aceito de bom grado. Gosto muito do Java e sinto que estou traindo a linguagem que me iniciou na programação, mas sei que é bom desapegar e que Python tem uma comunidade muito dedicada.
Também decidi usar o restante do dinheiro para assinar o Domestika Plus. A plataforma ter vários cursos de produtividade e organização do ponto de vista de pessoas criativas. Em alguns momentos, sinto que o que falta na minha rotina para ela ficar realmente boa é parar de pensar apenas como uma pessoa das exatas. Faço muitos cursos direcionados para o público mais técnico e acho que essa mudança de abordagem vai ser uma oportunidade de me deixar menos rígida com os meus processos e com a forma que organizo a minha vida dentro e fora do trabalho.
🖥️ Cursos do Coursera
Data and Business Process Modeling with Microsoft Visio
Esse é o segundo curso da "Microsoft Business Analyst Professional Certificate". As duas primeiras semanas do curso são bem tranquilas. Os conceitos apresentados eram conhecidos para mim e o Microsoft Visio é bem intuitivo. Mas acho que vale a pena destacar dois pontos a considerar antes de iniciar esse curso.
O primeiro ponto de destaque é o fato de ser necessária uma conta do Microsoft Visio. Mesmo tendo uma conta paga do Microsoft 365, não consegui acessar a ferramenta e precisei criar uma conta empresarial grátis por 30 dias.
O segundo ponto de destaque é o quanto o exercício e a prova final são difíceis. Já comentei em todos os cursos anteriores da certificação que é perceptível a dedicação de quem construiu o material. Mas esse módulo é bem mais desafiador do que os módulos finais dos cursos anteriores. O que não é ruim, mas foge um pouco do nível de dificuldade dos outros cursos.
O Microsoft Visio é realmente muito bom e bem fácil de usar. Depois de ter feito esse curso já mapeei alguns processos que posso incluir na documentação do time de forma mais clara usando a ferramenta.
📄 Notas quinzenais
Uma curadoria sobre tudo o que chamou a atenção nos últimos dias. Por William Brendaw.
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“Não é exagero falar em epidemia dos transtornos do jogo”
É o que diz o fundador do ambulatório do jogo do Instituto de Psiquiatria da USP, Hermano Tavares. E ainda acrescenta que, com as bets e cassinos online, vivemos o maior boom de casos de compulsão desde os anos 1990. Cuidado redobrado ao fazer as suas fezinhas.
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A sobrevivência dos mais ricos: por dentro da breve bolha de abrigos nucleares
Aproveitando o sucesso da série inspirada na franquia de jogos Fallout, mesmo que tardiamente, este artigo explica como realmente existiu uma corrida dos ricos para a sua sobrevivência, em uma possível guerra nuclear no mundo durante a guerra fria.
Conteúdo em inglês.
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Como o Spotify começou — e matou — o boom do podcast na América Latina
Um perfil de como o Spotify brincou de impulsionar o mercado de podcasts na América Latina e, após ver que não conseguia tirar lucro com ele, jogou os produtores dos programas ao relento.
Conteúdo em inglês.
O Clube do Livro para Introvertidos é um clube do livro focado em não ficção e com leitura assíncrona. Por apenas R$ 5 mensais, você recebe o acompanhamento da leitura atual e tem acesso a todas as leituras anteriores.
💻 Últimos posts do blog
Seção onde envio as atualizações do blog, sempre no estilo slow blogging.
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Carreira
Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)
Transformei em post o roteiro que usei esse ano para construir o PDI do meu time. É o tipo de post que gosto de escrever porque falo sobre o dia a dia dentro do time e consigo compartilhar algo organizado por mim. Se você está procurando uma forma de organizar os seus próximos passos de carreira, esse exemplo pode ser uma boa ajuda.
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Newsletter
Com a rotina corrida, não consegui finalizar um post para publicar nessa segunda. Por isso, decidi compartilhar um texto mais recente da newsletter que fala sobre como podemos usar uma técnica bem conhecida para a priorização de tarefas de forma mais eficaz.
Foi engraçado revisar essa edição, porque eu falo sobre estar com a rotina corrida, ao mesmo tempo que conto sobre estar comprando mais cursos para estudar. Mas eu gosto de estudar e sinto que, quando interrompo a minha rotina de estudos, eu fico menos alerta e tenho uma queda no meu desempenho. Então eu entendo que a solução é resolver a situação de trabalhar até tarde (o que já está em vias de se resolver) e conseguir estudar junto da minha rotina de trabalho.
Inclusive, estou testando um documento novo no Coda para organizar tudo o que estou estudando. Se funcionar, compartilho em breve aqui e no blog.
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Por hoje é isso, boa quinzena!