Olá,
Na edição anterior eu falei sobre a cobrança que tenho comigo mesma e enviei uma pesquisa com o arquivo corrompido no mesmo texto. Foi uma bela lição de humildade e um bom momento para decidir se eu devo seguir sofrendo e me cobrando ou aceitar que problemas acontecem. Decidi ficar com a segunda opção, até porque acho que cometi erros na última quinzena que merecem um pouco mais a minha atenção.
Prometo que a edição de hoje é bem positiva e essa reclamação foi só para deixar claro que a errata foi enviada com um pouco de sofrimento. Não gosto de gerar spam e espero não ter incomodado muito.
Hoje falo sobre conceitos dos livros "Essencialismo" e "Mindset". São dois pontos que considero importantes para quem gosta de estudar sobre desenvolvimento pessoal e aprendizado contínuo.
Boa leitura!
Abraço,
Ingrid Machado
Nesta edição
🎯 Tema da edição: Essencialismo
📖 Aprendizado contínuo: Acreditar que é possível aprender
📄 Notas quinzenais
📚 Lista de leitura
💻 Últimos posts do blog
🎯 Tema da edição: Essencialismo
Seção para falar sobre o tópico principal da edição.
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Estou criando alguns resumos de leituras e aproveitando para me lembrar de conceitos importantes que aprendi em alguns livros, mas que acabei não aplicando.
Um desses conceitos, que apliquei em partes, é o essencialismo. O essencialismo é um método de 3 passos:
Explorar: discernir as muitas trivialidades do pouco que é vital
Eliminar: excluir as muitas coisas triviais
Executar: remover obstáculos para que a execução quase não exija esforço
Lembro que assim que terminei a leitura, decidi que iria ser uma essencialista. Focar apenas no que é importante, negar qualquer atividade que não esteja alinhada aos meus objetivos e estabelecer os meus limites. Infelizmente, acho que a única dica que sigo à risca até hoje é a de dormir bem.
Ser essencialista exige muito esforço e uma pressão social nos leva a buscar o caminho mais fácil, para que a gente evite conflitos e confrontos desnecessários. Parando para avaliar as atividades que assumo atualmente no trabalho, por exemplo, consigo perceber o quanto incluo tarefas na minha lista que não deveriam ser prioritárias. No dia a dia, as coisas vão surgindo e, se ninguém assume, eu tenho o costume de puxar a tarefa para mim.
Como lembrei dos ensinamentos do livro, eu tentei exercitar nas últimas semanas o essencialismo. Nas reuniões com o time de gestão, não me ofereci para pegar tarefas que prejudicariam os compromissos existentes e na Squad não saí me oferecendo para ficar de responsável por parte do plano de ação na Retrospectiva.
Além de conseguir ver o benefício que esse tipo de atitude traz para mim, também consigo ver benefícios para os meus colegas. Dividir a responsabilidade e ter uma boa distribuição de tarefas permite que todos se sintam parte do processo e possam colaborar. Querer ficar à frente de todas as iniciativas, além de exaustivo, não contribui com a evolução do grupo.
Nem sempre negar algo significa literalmente dizer "não". Deixar o espaço aberto para que outras pessoas possam aproveitar a oportunidade, por exemplo, é uma forma de dizer não com delicadeza. Esse é outro conceito apresentado no livro, que mudou a minha forma de pensar no momento de assumir mais responsabilidades.
Se você se concentrar no que vai perder ao aceitar algo, pode ser que a troca se torne muito cara e desistir depois pode gerar uma impressão pior do que negar desde o início. Mas isso só funciona se você tem bem claro o que é importante.
Caso você não tenha lido o livro, recomendo bastante a leitura. É um livro curto, com várias dicas diretas, que fazem pensar sobre o tanto de coisas que assumimos sem necessariamente termos vontade de assumir. Também é ótimo para quem, assim como eu, tem dificuldade de dizer não e quer entender como mudar essa postura.
Um ensinamento importante do livro é que de todas as formas de motivação humana, a mais eficaz é o progresso. Então leia sem esperar fazer uma grande revolução repentina na sua vida, mas sim comprometido a progredir a sua rotina e comportamento com o tempo.
📖 Aprendizado contínuo: Acreditar que é possível aprender
Seção com a minha rotina de aprendizado.
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Desde quando li o livro "Mindset", eu descobri que tinha o mindset fixo para muitas coisas. E uma dessas coisas era o meu aprendizado. Quando me deparava com algo novo, o meu primeiro pensamento era que seria difícil entender e realmente aprender o que estava sendo passado. Com o livro, entendi que esse pensamento era a fonte dessa dificuldade e não a complexidade do tópico que estava estudando.
Atualmente, tento sempre me manter otimista quando estou aprendendo algo. Uma das coisas que costumo pensar é que se outras pessoas aprenderam, então significa que é possível eu aprender também. Tirar a barreira inicial quando estamos estudando algo novo já ajuda e muito a avançar.
Quando acreditamos que não vamos conseguir aprender algo, costumamos criar obstáculos que justificam esse nosso pensamento. Se eu penso que não consigo aprender, certamente não vou dedicar tanto tempo assim estudando, nem vou pensar em ter um ambiente tranquilo e organizado para estudar. Se eu imponho obstáculos ao meu aprendizado e não penso em estratégias para superar cada um deles, vou acabar atingindo o resultado que eu mesmo esperava: a falha.
Agora, se eu acredito que é possível aprender, certamente a minha postura será diferente. Provavelmente, vou organizar os tópicos que preciso estudar aumentando o nível de dificuldade, montar um ambiente propício para estudar e não deixar que um conceito mais difícil me faça desistir. E esse é o conceito que a autora do "Mindset" fala sobre quem tem o mindset de crescimento: as pessoas desse perfil sabem que se seguirem estudando vão conseguir aprender o que não sabem no momento. Um obstáculo não vai aparecer para nos travar, mas sim para ser superado, fazendo parte do processo de aprendizado.
Caso você, assim como eu já fui antes, impõe dificuldades a si mesmo no momento de aprender, recomendo a leitura do livro. Quem sabe, ele também te convence de que não sabemos de tudo, mas somos capazes de aprender qualquer coisa.
🖥️ Cursos do Coursera
Pensamento Crítico, Lógica e Argumentação
Esse foi o curso individual mais longo que já fiz até agora no Coursera, com 9 semanas de duração. Mesmo assim, terminei ele com a sensação de que valeu a pena. É um curso que lembra muito aulas de faculdade, principalmente porque o professor usa slides do LateX com o tema Beamer, algo que vi pela última vez na FURG.
Falando do conteúdo, ele começa mais leve, falando de argumentos, premissas e falácias. Vai para uma parte lógica um pouco mais complicada na metade e finaliza falando de fake news e negacionismo. Existem algumas aulas extras com outras professoras e muito texto de apoio. Também gostei bastante do uso de uma série de vídeos que explica falácias com Os Simpsons.
É um curso extenso, com muito conteúdo e que nem sempre tem tópicos empolgantes. Mas avalio que valeu muito a pena entender sobre falácias. Inclusive, já consigo identificar algumas no dia a dia, mesmo achando inicialmente que não absorvi muitas coisas do curso.
📄 Notas quinzenais
Uma curadoria sobre tudo o que chamou a atenção nos últimos dias. Por William Brendaw.
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Ilhas Maurício estudam habitat para receber dodô recriado
Após sequenciamento de genoma, cientistas tentam recriar pássaro por meio de manipulação genética. Será que isso é o sinal de que estamos mais perto do Jurassic Park do que imaginávamos?
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A era Dada dos memes da internet
Uma reflexão muito interessante sobre como virais do TikTok de coisas sem sentido explicam o ambiente crescente de caos no nosso dia a dia digital.
Conteúdo em inglês.
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Não, a “conveniência” não é o problema
Um ótimo ensaio sobre como a nossa escolha pela praticidade das grandes plataformas digitais não é o problema. No fim, são as práticas monopolistas dessas plataformas, principalmente com práticas predatórias que atentam aos usuários, sendo o grande problema.
Conteúdo em inglês.
📚 Lista de leitura
Registro de todos os livros que li desde o último envio da newsletter. A lista completa de livros que prometi ler esse ano pode ser vista no post Lista de leitura 2024.
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Mulherzinhas - Louisa May Alcott
Comecei a leitura do livro de junho com o pé esquerdo. Não estava gostando do livro e quando estava prestes a abandonar eu percebi que estava lendo uma edição muito antiga (diferente da que coloquei na lista). Resolvi esse problema procurando uma edição mais atual e assim consegui ir até o final. É um livro legal, que me lembrou muito do clima do "Orgulho e preconceito", mas não me cativou tanto quanto a obra da Jane Austen.
O Clube do Livro para Introvertidos é um clube do livro focado em não ficção e com leitura assíncrona. Por apenas R$ 5 mensais, você recebe o acompanhamento da leitura atual e tem acesso a todas as leituras anteriores.
💻 Últimos posts do blog
Seção onde envio as atualizações do blog, sempre no estilo slow blogging.
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Livros
Checkpoint da lista de leitura de 2024
Chegamos na metade do ano, o que significa que consolidei todas as minhas leituras do primeiro semestre e incluí em um único post. Todos os comentários sobre os livros são os mesmos que enviei nas edições anteriores da newsletter. A diferença é que no post eu incluo a nota que dei ao final da leitura.
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Ferramentas
Estava utilizando o Control Chart do Jira enquanto a licença do Nave não era renovada no trabalho. Com essa experiência, aprendi a ler esse gráfico e a entender como ele poderia me ajudar a acompanhar as métricas do time. Nesse post, explico as informações do gráfico e como ele pode ser lido.
Hoje eu quero fechar a edição recomendando outra youtuber. A @thefinancialfreedomgirl fala sobre dinheiro, mídia e consumo consciente. Estou explorando o canal dela, mas já vi vídeos bem interessantes e acompanhei a série de shorts que ela fez falando sobre educação financeira. Apesar de ter muitas dicas que não se encaixam com a nossa realidade, porque os produtos financeiros americanos são diferentes dos nossos, ela dá muitas dicas que valem a pena para qualquer contexto.
Vou deixar aqui um dos vídeos que assisti e gostei da reflexão que ela fez sobre consumo consciente:
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Por hoje é isso, boa quinzena!