Olá,
A edição é hoje é sobre um assunto recorrente: a minha batalha para manter um equilíbrio saudável entre as minhas vidas pessoal e profissional.
Como uma workaholic em recuperação, estou viciada em criar hábitos. O que deixa tudo conectado, já que também compartilho hoje como que pretendo me organizar esse ano. E, ainda na mesma linha, falo sobre como foi o processo de flexibilizar o uso de frameworks junto aos times.
Além disso, falo sobre a dimensão organizacional desenvolver competências na seção "Sobre gestão", que é a continuação da série de textos sobre Gestão 3.0.
Boa leitura.
Abraço,
Ingrid Machado
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P.S.: Na edição anterior, falei sobre as minhas promessas de ano novo me referindo ao ano que vem. Como escrevi a seção “Organização pessoal” no final de 2022, acabei fazendo confusão. Então, só para deixar claro, ainda não tenho planos para 2024.
Nesta edição
🪴 Organização pessoal: Como pretendo me organizar esse ano
💬 Falando sobre agilidade: Flexibilizando o uso de frameworks
👩🏽💼 Sobre gestão: Desenvolver competências
🎯 Tema da edição: Equilíbrio
Seção para falar sobre o tópico principal da edição.
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Ainda estou um pouco no clima de “ano novo, vida nova” e sigo refletindo sobre alguns pontos que quero fazer diferente em 2023. Além de querer ser mais presente, decidi que esse ano vou dar um basta e finalmente equilibrar as minhas vidas pessoal e profissional.
Hoje em dia, estou um pouco mais tranquila, mas costumava ser aquela pessoa que sempre estava disponível para trabalhar. A que virava a madrugada para compensar uma falta de planejamento e comunicação que não podia nem questionar porque aconteceu. E uma hora isso começou a me cansar.
Só que, ao mudar de ambiente profissional, notei que trouxe algumas manias comigo. Porque, mesmo não sendo mais cobrada no mesmo nível, me esqueço de que o mais importante não é o meu trabalho. E, como gestora, preciso me preocupar mais ainda com essa postura. De nada adianta querer um ambiente saudável se eu mesma não estou dando o exemplo.
Ficar tão imersa no trabalho é muito cansativo. E, estando cansada, eu não fico motivada. Consequentemente, eu não consigo motivar as pessoas que trabalham comigo. E isso vira um ciclo sem fim, em que o time se sente preso a uma regra nunca dita, mas sentida através das ações que pessoas como eu acabam fazendo no dia a dia.
Como eu disse, não vou encontrar essa motivação sem estar descansada, sem ter momentos de lazer ou até mesmo sem me afastar dos meus projetos pessoais. Ou seja, eu preciso de um tempo de descanso (outro assunto recorrente na newsletter). E pretendo usar toda a energia que tenho para inventar novas formas de organização para mudar isso de verdade.
Só que eu não posso culpar apenas o meu trabalho pela falta de equilíbrio. De nada adianta estar com mais tempo fora dele se gasto todo esse tempo no celular. Por isso, estou restringindo mais ainda o uso do celular durante o dia. No momento, configurei como meta de uso 3 horas por dia. Ainda não consegui bater a meta por uma semana inteira, porque os finais de semana sempre são os momentos em que me perco mais nas redes sociais, mas estou seguindo por um caminho interessante.
Para me ajudar com o vício no Twitter, configurei um limite de 30 minutos diários. Além de causar uma sensação muito estranha saber que o aplicativo vai bloquear em algum momento, é impressionante ver o quanto 30 minutos passam rápidos quando estamos imersos na timeline. Se eu passo 30 minutos fazendo qualquer outra coisa, é muito perceptível. Mas 30 minutos no Twitter são como 30 segundos.
E é esse tipo de percepção que me assusta e mostra que eu preciso frear alguns maus hábitos. Por mais que algumas pessoas já me achem muito demorada para responder no WhatsApp, eu preciso deixar o processo ainda mais lento. E diminuir essa dependência e urgência que eu sinto com algumas funcionalidades do meu celular.
Esse é um assunto recorrente na newsletter porque eu estou constantemente me lembrando de que eu preciso descansar. Me lembrando de que não preciso entrar num fluxo de querer sempre ir além, porque uma hora cansa. Mas é bem difícil estar acostumada a correr o tempo todo e então desacelerar.
🪴 Organização pessoal: Como pretendo me organizar esse ano
Seção para reforçar o meu compromisso de manter a minha própria organização.
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Na edição anterior, compartilhei as minhas promessas de ano novo. Mas não explicitei como pretendo atingir os objetivos que defini. Como estou seguindo as dicas do “Hábitos atômicos”, pretendo compartilhar aqui na seção como está sendo essa jornada de uma forma um pouco mais prática.
A primeira mudança que fiz, foi alterar a página do meu planner diário. Basicamente, mudei o layout e deixei o modelo um pouco mais aberto. Por exemplo, as minhas atividades em aberto do dia viraram uma checklist e a lista de hábitos está com alguns itens diferentes.
Caso você use planners digitais, vou deixar a versão em pdf disponível para baixar e o link do Canva para editar o modelo.
Como já havia compartilhado em edições anteriores, sigo usando o planner pela manhã para planejar o meu dia e à noite para registrar o que consegui fazer, além da escrita terapêutica. Essa rotina funciona muito bem e tem me ajudado a ter uma sensação de dia produtivo no meio da semana. Para os finais de semana, sigo sem planejar nada.
Com o curso “Learning how to learn”, aprendi que o melhor é fazer a nossa lista de tarefas na noite anterior. Mesmo já tendo a rotina da manhã, decidi testar essa prática em alguns dias e talvez mude o meu planejamento novamente.
Outra sugestão do curso do autor do “Hábitos atômicos” é definir um hábito de 2 minutos. Basicamente, é fatiar um hábito até a menor tarefa possível para iniciar com algo pequeno. O conceito por trás disso é que o mais importante, no início, é estar presente para iniciar o hábito.
Por isso, como quero estar mais presente na minha própria vida esse ano, decidi que vou começar a meditar. A menor prática possível desse hábito que posso iniciar é meditar por 60 segundos todos os dias. E é literalmente isso que eu tenho feito. Justamente para me acostumar a estar pronta para iniciar nesse momento. A ideia é ir aumentando o tempo gradualmente, até conseguir incluir na minha rotina uma meditação matinal de pelo menos 10 minutos.
Basicamente, é isso. Vou seguir usando o planner diário com esse novo layout e vou introduzir o hábito da meditação. Acredito que esses são dois pontos cruciais para me manter realizando o que quero para esse ano.
💬 Falando sobre agilidade: Flexibilizando o uso de frameworks
Uma seção para falar de agilidade, misturando teoria, prática e muitos questionamentos.
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Já falei aqui na Trilha de Valor sobre como tenho uma tendência para ser inflexível com algumas coisas. Quando terminei de ler o “Mindset”, fiz diversos exercícios para entender em quais momentos o meu mindset fixo pode ter afetado a minha vida pessoal. Depois, avaliei o quanto essa mentalidade afetava a minha vida profissional. E então veio a lembrança do uso de frameworks.
Dando um pouco de contexto, eu comecei na gestão como Scrum Master. Então, naturalmente, eu trabalhava com Scrum. E, desde a primeira experiência, sempre tive resultados muito bons e que me trouxeram reconhecimento. Por isso, quando ia para um novo desafio, já costumava propor o Scrum como possibilidade.
Atualmente, estou trabalhando com Kanban. E essa mudança foi necessária porque fazia muito sentido para o nosso contexto. Só que, mesmo sabendo disso, eu senti uma resistência inicial. Uma sensação de que poderia estar indo por um caminho que não me levaria ao sucesso.
Só com esse início, já existem vários alertas que eu identifiquei. Primeiro, o que funcionou em um contexto não tem garantia de funcionar em outro. Segundo, é muito fácil se apegar ao que a gente já conhece e se manter na zona de conforto. Terceiro, eu estava matando a agilidade do time ao ter uma tendência de engessar alguns acordos, pensando somente no que é confortável para mim.
Em nem todos os casos o Scrum vai ser a melhor opção. E é natural que, mesmo iniciando com ele, o time sugira uma troca no meio do caminho, porque o que temos no momento já não faz mais sentido. E estar aberto para o novo, se permitir experimentar e errar pode assustar. Mas é só assim que vamos aprender e evoluir.
Mudanças sempre vão trazer um desconforto, mas a gente não pode se deixar levar e permitir que esse sentimento nos paralise. Inclusive, isso me lembra de um termo que eu aprendi esses tempos: Einstellung. Que é a dificuldade que um pensamento enraizado pode gerar, evitando que uma solução melhor seja encontrada. Eu me vi literalmente passando por isso.
Focar no quão fácil é conduzir um time com Scrum não me permite ver o quão vantajoso pode ser trabalhar com outros frameworks. Porque o caminho mais fácil eu já conheço, o que me impede de percorrer caminhos diferentes.
Não deixar que os acordos emerjam do time mata a agilidade. Mas tenho consciência de que ter percebido essa inflexibilidade e percorrido esse caminho me fez aprender muito. Nem todo mundo inicia acertando e certamente não teria aprendido tanto sem conseguir ver os meus próprios erros.
Quero deixar claro que não estou entrando na onda de dizer que o Scrum é ruim e não funciona. Tenho visto muitos textos sobre isso ultimamente e acho que não funciona encaixar o Scrum onde ele não cabe. Se serve para você, use o Scrum, Kanban ou qualquer outra coisa que você conheça. Ou talvez invente alguma coisa. Mas deixe que o time aponte os erros e esteja aberto para a melhoria contínua.
👩🏽💼 Sobre gestão: Desenvolver competências
Uma seção para compartilhar as minhas descobertas a respeito da gestão de pessoas. As referências usadas na seção estão aqui.
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A quarta visão organizacional da Gestão 3.0 é desenvolver competências. Após definir as restrições, como descrito na edição anterior, devemos apoiar o time para desenvolver a sua competência. Porque, sem ela, o time não conseguirá atingir os objetivos estabelecidos.
Assim como nas outras visões, a ideia aqui é que o time também seja capaz de se desenvolver, sem a interferência direta da gestão.
Para o criador da Gestão 3.0 competência é uma mistura de habilidade com disciplina. Ou seja, não e possível dizer que se tem competência caso não se tenha habilidade para desempenhar o seu trabalho ou sem a disciplina para se manter o seu desempenho.
As habilidades são o que avaliamos no momento de enquadrar as pessoas em diferentes níveis dentro da organização. Geralmente, vemos esses níveis como júnior, pleno e sênior. Apesar disso, existem diversas propostas de classificação para os diferentes níveis de habilidade.
E as restrições são estabelecidas para que os integrantes do time consigam fazer as coisas do seu próprio jeito. E esse é um pré-requisito para que as pessoas se sintam motivadas. Consequentemente, com motivação é possível se trabalhar com disciplina.
Ciente dessas definições, podemos partir para o desenvolvimento das competências.
Abordagens para se desenvolver competências
Dentro do desenvolvimento de competências, existem sete abordagens que podem ser aplicadas, em ordem, conforme a necessidade:
Desenvolvimento individual: as pessoas podem ter a iniciativa de trabalhar nas suas habilidades e disciplina. Nessa abordagem, ninguém precisa dizer o que precisa ser feito, pois se tem ciência do que é importante
Coach: com o coaching, é possível treinar habilidades e comportamentos específicos. A diferença da abordagem anterior está no fato de que alguém está apoiando nesse desenvolvimento
Testes: em um teste, alguma autoridade verifica se a pessoa demonstra as habilidades e comportamentos necessários para desempenhar o seu trabalho
Ferramentas: o uso de ferramentas pode apoiar ao direcionar o comportamento das pessoas através de sinais. Um lembrete na agenda é uma forma de usar ferramentas para não deixar de fazer nenhuma atividade importante, por exemplo
Pares: a pressão dos pares é a influência exercida por um grupo em alguma pessoa, com a intenção de mudar os seus comportamentos. Apesar de poder parecer um conceito negativo, a pressão causada pelo grupo pode ser usada para as pessoas aderirem às normas do time, importantes para o bom andamento do trabalho
Supervisores: supervisar é garantir que o trabalho está sendo feito de forma apropriada. Verificar se acordos importantes estão sendo seguidos entra nessa abordagem
Gestão: é responsabilidade da gestão dar o exemplo dos comportamentos esperados e avaliar e tomar providências caso alguém tenha feito algo contra os interesses da organização
Observando a ordem em que as abordagens são descritas já é possível perceber que o desenvolvimento de competências é, em primeiro lugar, uma responsabilidade individual.
Quando as pessoas não são capazes de desenvolver competências por si só, provavelmente será preciso iniciar um processo de coaching. Se não for possível desenvolver competência nessa abordagem, será preciso uma combinação de testes, ferramentas e apoio dos pares. Se nada disso funcionar, partimos para a abordagem da supervisão e, em último caso, o gestor é o responsável.
E no processo de desenvolver competências, é preciso lembrar que ninguém será bom em tudo. Então é importante entender que cada integrante vai ter uma competência de destaque e outras um pouco mais secundárias. E vai ser esse tipo de divergência que forma um bom time.
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Não vou esmiuçar todas as abordagens aqui, mas sim trazer três pontos de destaque no desenvolvimento de competências:
Como manter a autodisciplina
Com autodisciplina, as pessoas mantêm uma rotina de melhoria contínua. Se forçando a manter comportamentos que vão ajudar a atingir um objetivo predeterminado. Mas, muitas vezes, estamos sendo disciplinados enquanto gostaríamos de estar fazendo qualquer outra coisa no momento.
Por isso, existem alguns pontos que podemos considerar para manter a autodisciplina:
Entender a importância do que estamos fazendo
Gerenciar o nosso tempo, para que a atividade tenha um espaço na agenda
Usar alguma ferramenta para não se esquecer de iniciar a atividade
Se manter motivado
Nem todos esses pontos são fáceis de seguir, mas eles ajudam a não deixar a autodisciplina de lado. Porém, tão importante quanto ensinar ao time a como manter a autodisciplina, é você como um gestor ser um exemplo disso. Porque de nada adianta exigir um determinado comportamento do time, se você mesmo não demonstra o mesmo padrão.
Como medir a performance
Para entender a performance de um projeto de desenvolvimento de software, é preciso analisar mais de uma dimensão. Mas a sugestão é que se tenha métricas simples para cada uma delas.
Na Gestão 3.0 são descritas 7 perspectivas, com exemplos:
Funcionalidades: quantidade de itens entregues
Qualidade: número de bugs reportados
Ferramentas: custo por mês
Pessoas: impedimentos relatados por membros do time
Tempo: dias até um deploy em produção
Processo: tarefas concluídas
Valor: aumento no número de usuários utilizando o produto
Acompanhando métricas variadas, é possível entender o estado de um sistema complexo, focando em soluções abrangentes o suficientes para impactar o desempenho e o resultado final.
É de responsabilidade do gestor deixar claro para o time o quanto o desempenho está de acordo com o esperado. E, para isso, é necessário entender a diferença ente competência e habilidades.
Ao avaliar um integrante do time, considere múltiplas atividades e mantenha a avaliação sempre relativa a um estado anterior ou conhecido. Por exemplo, você pode dizer que uma pessoa teve um desempenho 10% melhor do que o demonstrado na última avaliação.
Também é importante minimizar o delay entre uma atividade e um possível feedback. Evite guardar as suas percepções apenas para os ciclos de avaliação.
Como a gestão apoia no desenvolvimento de competências
Alguns rituais são sugeridos para que a gestão faça a sua parte no desenvolvimento de competências dentro do time.
1:1's são ótimos rituais para discutir o que é necessário trabalhar para desenvolver competência em cada um dos integrantes.
Fazer seções de feedbacks 360 com todos os integrantes do time ao mesmo tempo pode trazer insights valiosos para o desenvolvimento individual.
E, ao deixar os objetivos e métricas claros o suficiente, times auto-organizados são capazes de elevar os padrões esperados. A pressão do grupo será bem direcionada se você deixar a expectativa clara.
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Em resumo, a competência dentro de um time vai ser atingida através da autodisciplina, coaching, treinamentos e certificações, pressão do grupo, ferramentas e supervisão. Nessa ordem. Sendo o último recurso uma intervenção mais direta da gestão. E lembrando que o ideal é sempre trabalhar para alterar o sistema e não as pessoas.
Na próxima edição, vou falar sobre crescer a estrutura. A penúltima visão organizacional da Gestão 3.0.
📖 Aprendizado contínuo
Seção com a minha rotina de aprendizado.
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Em janeiro, comecei a minha rotina de estudos no Coursera. E, para iniciar com o pé direito, escolhi o curso “Learning how to learn”. Além de ser um tópico interessante para iniciar uma jornada de aprendizado, escolhi esse curso por ser um que comecei quando estava na faculdade e acabei não terminando. Por isso, conseguir finalizar o curso tem um certo significado para mim.
O curso apresenta técnicas de aprendizado que podem ser aproveitadas por praticamente qualquer pessoa. Digo isso porque não consigo seguir as dicas de visualização, mas creio que devem ser úteis para quem consegue. E, no geral, fiquei impressionada com a simplicidade dos tópicos.
Estou aplicando as dicas nos momentos de estudo e escrita e, mesmo já conhecendo algumas delas, consegui ver um bom resultado quando bem aplicadas. Nas próximas edições, pretendo trazer as dicas que mais me ajudaram a estudar e expandir um pouco esses tópicos compartilhando a minha experiência com cada um deles.
📄 Notas quinzenais
Uma curadoria sobre tudo o que chamou a atenção nos últimos dias. Por William Brendaw.
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Melhorando sua tomada de decisão
Para a surpresa de ninguém, nós, humanos, somos péssimos tomadores de decisão.
E para contornar esse problema, este artigo mostra a origem e os motivos para isso acontecer e como podemos ter melhores decisões no nosso dia a dia.
Conteúdo em inglês.
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Ser otimista ao ver o ChatGPT exige criatividade
Eu sempre tento não ser tão crítico com novas tecnologias que podem revolucionar o nosso mundo, principalmente quando não se dão ao trabalho de proporem um debate ético mínimo sobre o tema. Mas a verdade é que esse tipo de reviravolta no mundo acontece de qualquer forma, independente de qualquer esforço ou crítica externa.
Só ver como hoje em dia somos dependentes de celulares e redes sociais, as duas últimas grandes revoluções tecnológicas.
Bom, para sair um pouco dessa maré de amargura, e principalmente buscando ver o copo meio cheio, seleciono essa coluna da Jacqueline Lafloufa que traz uma visão um pouco mais otimista em relação à nova revolução que despontou nos últimos meses.
Mesmo tendo que colocar a criatividade para trabalhar (e sem a ajuda das IAs!), a autora argumenta que a ruptura ao qual as IAs vão gerar deve criar um mundo onde as mesmas vão precisar de babás. O que é um pouco triste, já que as pessoas devem sair da posição de criativas e, de certa forma, autênticas, para virarem supervisores de máquinas.
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Enso, uma ferramenta de escrita “sem edição”
Não sei você, mas eu sempre estou em busca do “editor perfeito”, em que ele seja bonito, limpo, simples e direto. Quando mal estou me acostumando a um editor, logo aparece outro qualquer com uma proposta “revolucionária” e lá vou eu testar algo novo de novo…
No fim, acho que o meu problema — e imagino que para outras pessoas (Não? Ninguém?) — é que eu sempre tento centralizar as coisas em um lugar só, além de querer editar sempre o meu conteúdo. Só que nenhum programa consegue me atender nesses pontos.
Então, para solucionar esse problema, encontrei esse editor super interessante onde você vai escrevendo o que tem na cabeça e ele vai “desaparecendo” com o conteúdo que já foi escrito. Inclusive, ele só permite que você edite o conteúdo fora dele, após exportar o texto em Markdown.
Esse processo faz com que você foque apenas no conteúdo e menos na edição e outras firulas — como eu sempre faço (risos nervosos).
📚 Lista de leitura
Registro de todos os livros que li desde o último envio da newsletter. A lista completa de livros que prometi ler esse ano pode ser vista no post Lista de leitura 2023.
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O livro do conforto - Matt Haig
Me interessei nesse livro porque vi muitas pessoas falando bem dele. Mas, infelizmente, um exemplo utilizado um pouco antes da metade me deixou extremamente desconfortável. O que eu entendo que vai contra o motivo pelo qual eu estava lendo. Mas acontece, nem sempre o que está sendo elogiado por muitas pessoas vai agradar todo mundo.
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Viver é melhor que sonhar: Os últimos caminhos de Belchior - Chris Fuscaldo e Marcelo Bortoloti
Os últimos anos de Belchior foram vividos de forma muito diferente da vida que ele vivia com a sua família. Escolheu largar tudo e fazer uma jornada em que conheceu muitas pessoas que o deram abrigo. Por mais estranha que pareça, o livro conta essa história real e os autores tentam entender o que o fez tomar essa decisão e acompanham quais foram os seus últimos passos.
💻 Últimos posts do blog
Seção onde envio as atualizações do blog, sempre no estilo slow blogging.
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Os dois últimos posts foram sobre desenvolvimento pessoal. Esse é um tópico que tenho estudado muito nas últimas semanas e que tem sido bem interessante de compartilhar. Espero que você concorde comigo nesse ponto.
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Desenvolvimento pessoal
Por 100 dias eu me comprometi a escrever todos os dias. Não foi tão tranquilo quanto eu imaginei, mas serviu para entender como eu devo organizar esse meu hábito. Neste post, compartilho como foi o desafio, as dificuldades que encontrei e como fiz o acompanhamento.
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Lidando com mudanças - Não linear
No penúltimo post da série sobre como lidar com mudanças, trago as duas formas de alívio sugeridas pelo criador do BANI: contexto e flexibilidade. Não é um post tão longo quanto os anteriores da série, mas tentei incluir uma boa quantidade de referências no texto para quem deseja se aprofundar mais no assunto.
O bom de me considerar uma pessoa um pouco desequilibrada é que eu estou sempre procurando formas de entrar nos eixos. Vejo isso como uma vantagem, porque gasto bastante tempo estudando e organizando como posso compartilhar isso aqui e no blog.
Mas sei que não vou chegar num ponto de equilíbrio perfeito. Não tenho essa ilusão porque entendo que tentar atingir isso vai gerar apenas decepção. Por isso, não deixe que a busca por algo melhor se torne a única coisa que importa. Eu tento não fazer isso e estou vivendo bem assim.
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Por hoje é isso, boa quinzena!